e todo caminho deu no mar

e todo caminho deu no mar
"lâmpada para os meus pés é a tua palavra"

sábado, 2 de abril de 2016

Primeiro Deus fez o pequi, depois o Barroco

 

 
Sobe a serra e o tom com a métrica de quem usa arma 
e brasão. Nao recua. Aprendeu, na lama e com o lamento 
do herói morto, que recuar é perder um pedaço da alma.
 
No mirante, dilata-se feito um rei que nao se engasga 
diante de nenhum horizonte. E aqui, neste recanto virtual 
de meu deus, ensina-me coisas terrenas como ratel, cobra naja, 
alfabetização solidária e arraia que mata sucuri com o ferrão...
 
É amigo que mune de humor, queijo suíço e poesia, 
quando a cidade exige signos que os sinais de transito 
sequer anunciam. Sua porção mandraque-seminarista
compra baton e escreve, escreve o sr esta preso.

Um comentário:

Nancy T disse...

bom dia! Mestre, li um poema de sua autoria :
De sertão: deserto

atravessando um esboço de deserto

Euclides da Cunha, Os sertões

No calor

do solo seco

o nada

esculpido

no garrancho

da mata anã

onde deus

sem gibão

riscou a carne

no espinho

do xique-xique

e expulsou Adão

com galho

de favela

de Canudos

Fiquei encantada com os versos! Tenho um projeto cultural só de poesia regional e gostaria de poder apresentá-lo e convidá-lo para participar

Mas não tenho seu contato...

O meu email é : tk.nan2@gmail.com

Fico no aguardo!
Agradecida,

Nancy Takeshi